Opções são derivativos que causam certa confusão na cabeça dos neófitos. Tem uma história bíblica que serve como exemplo para explicar como funciona o mercado de opções. Dos cerca de uma dúzia de livros que li sobre o assunto, uns quatro ou cinco citavam essa história. Fora os cursos de opções e investimentos onde pude ouvi-la.
Uma opção de compra é um direito de adquirir um bem, não uma obrigação. Vejam bem, a história diz que Jacob trabalhou por 7 anos para Laban, adquirindo assim, o direito de se casar com sua filha Raquel. Fazendo a analogia com as opções, Jacob comprou uma “opção de compra” de Laban pagando um “prêmio” de sete anos de trabalho, adquirindo o direito e não a obrigação, de se casar com a Raquel.
Ao final dos 7 anos, poderia acontecer de Jacob náo querer exercer seu direito. Sabe-lá se Raquel deixou de ser interessante? Então, o especulador Jacob vai ter perdido o prêmio pago, seus 7 anos de trabalho.
Assim também acontece com a opção de compra. Eu compro o direito de, em determinada data, comprar um ativo por um preço fixado hoje. Suponha que você quer pagar por uma saca de café o valor de 500 reais daqui a 3 meses. Então você paga um prêmio para garantir o direito de comprar por esse preço. O valor do prêmio é estipulado seguindo variáveis como tempo, taxa de juros, especulaçóes e movimentos do mercado. Se no vencimento do prazo a saca de café estiver valendo 600 reais, você exercerá o direito de comprar por 500 e terá um lucro descontando o prêmio pago. Se o café estiver valendo 400 reais então não faz sentido exercer o direito de pagar 500 se você pode comprar mais barato. Você perderá o prêmio. O seu custo pela saca vai ser 400 mais o prêmio pago.
Deu prá entender? Em outros posts escreverei mais sobre opções. Lembrando que existe também a opção de venda. Onde eu compro o direito de vender por um determinado preço. Fácil não?
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